Produção de Soja

Os desafios atuais para construção e manutenção da fertilidade dos solos – Parte II

HÁ VÁRIAS FRENTES NA AGRICULTURA QUE MUDAM E, ATUALMENTE, COM GRANDE VELOCIDADE
28 de Dezembro de 2021

ARTIGO ORIGINALMENTE PUBLICADO EM HTTPS://GLOBALFERT.COM.BR chevron

Por Flávio Bonini, gerente de Serviços Técnicos da Mosaic Fertilizantes

Comentei em artigo passado que para entender os desafios atuais para construção e manutenção da fertilidade de solos é importante considerar que alguns princípios da agricultura não mudam. O primeiro é que se trata de uma atividade cíclica e dependente de fatores naturais e das demandas humanas. O segundo é que o solo é o bem mais precioso e o responsável pelo desenvolvimento das plantas e de diversos outros organismos, dentre eles, nós humanos.

Por outro lado, há várias frentes na agricultura que mudam e, atualmente, com grande velocidade. O desenvolvimento do conhecimento e as inovações tecnológicas permitem que esta atividade praticada há milhares de anos tenha incrementos de eficiência em espaços de tempo cada vez menores. E, um indicador simples como a produtividade agrícola, é uma forma direta de visualizar esta tendência ao longo dos anos e de entender a evolução da agricultura.

Na Figura 1, abaixo, é apresentada a produtividade média brasileira em 16 culturas ao longo de 40 anos. No início da década de 1980, o índice ficava abaixo de 1,5 t/ha, e foram necessários cerca de dez anos para que ocorresse um incremento consistente para valores próximos a 2,0 t/ha. No mesmo sentido, um novo salto, de 2,0 t/ha para 2,5 t/ha, levou oito anos; e de 2,5 para 3,0 t/ha, apenas, sete anos. Essa redução do tempo necessário para incrementos consistentes em produtividade é fruto, justamente, do aumento de eficiência na agricultura, que é obtido com o uso de sementes com maior potencial genético, melhor manejo de pragas e doenças e, sem dúvida alguma, a utilização racional de fertilizantes e o desenvolvimento de novos produtos de performance superior.

 

Figura 1. Produtividade Média de 16 culturas no Brasil no período de 1980 a 2019
Fonte: CONAB (2021)

*média das culturas de algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, gergelim, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale

Para a construção e manutenção da fertilidade dos solos, é fundamental considerar os níveis de produtividade. Isso acontece porque as plantas precisam absorver os nutrientes do solo para que completem seu ciclo e parte destes são exportados pelos grãos colhidos. Ou seja, se há aumento de produtividade, há também o aumento da exportação de nutrientes da lavoura pelos grãos.

A Figura 2 mostra as quantidades de nutrientes exportados pelos grãos da sucessão das culturas de soja e milho safrinha, de acordo com dois cenários de produtividade. Na tabela à esquerda estão as produtividades médias para o ano 2000 na qual a demanda dos macronutrientes primários N, P e K ficava próxima a 40 kg/ha, 59 kg/ha e 72 kg/ha, respectivamente. Em 2019 (tabela à direita), o incremento da produtividade gerou aumentos de mais de 60% na exportação de nutrientes da terra para as mesmas plantas.

Figura 2. Estimativa de extração de nutrientes pela Soja e Milho Safrinha em relação as produtividades médias brasileiras nos anos de 2000 e 2019

Assim, conforme o “teto produtivo” das culturas aumenta, é maior a necessidade de adubação para a reposição no solo. É fato que existem áreas em níveis diferentes de fertilidade, entretanto, é importante lembrar que, mesmo em solos corrigidos, suprimir ou aplicar doses de nutrientes menores do que as quantidades exportadas pelas colheitas influenciará diretamente na construção e manutenção da fertilidade.

E, em um cenário de incertezas, o melhor caminho para reduzir risco sem reduzir o potencial produtivo das culturas é o uso racional de nutrientes e de produtos de alta eficiência. E são estas razões que fazem com que a Mosaic Fertilizantes desenvolva e recomende soluções como o Performa, linha de fertilizantes de alto desempenho e que combina o que há de mais avançado em tecnologias para proporcionar a maior eficiência das adubações e aumentar a produtividade, rentabilidade e sustentabilidade da produção. A linha Performa possui o melhor das tecnologias da companhia – MicroEssentials, Aspire e K-Mag -, contendo macro e micronutrientes em teores equilibrados para disponibilidade imediata e gradual de elementos e uniformidade, proporcionando alto rendimento operacional e distribuição eficaz a campo. Todas estas características e benefícios geram incrementos na absorção de nutrientes, melhor nutrição das lavouras e incrementos de produtividade, como exemplo, para a cultura da soja de até oito sacas por hectare em relação a adubações convencionais. Performa foi desenvolvido para nutrir as lavouras do início ao fim do ciclo e auxiliar na construção da fertilidade dos solos, resultando em sistemas produtivos cada vez mais eficientes e sustentáveis.