Após queimadas, solo da região de Ribeirão Preto necessita de nutrientes para recuperar capacidade produtiva.

MUNICÍPIOS DA REGIÃO CONSTAM ENTRE OS MAIS AFETADOS PELOS INCÊNDIOS REGISTRADOS NO ESTADO ENTRE O FIM DE AGOSTO E INÍCIO DE SETEMBRO DESTE ANO.
22 de Novembro de 2024
Passado poucos meses após as queimadas em Ribeirão Preto e região, muitos agricultores e ambientalistas estão trabalhando para recuperar a capacidade do solo para o plantio. Um dos impactos ambientais causados pelas queimadas, ocorridas nessa e em diversas regiões agrícolas do país, foi a perda da palhada e matéria orgânica. Elas atuam como uma camada protetora, mantendo a umidade do solo, ou seja, retendo a água na terra e diminuindo a perda por evaporação. Um solo queimado sofre a perda de nutrientes, seca mais rápido e a cultura tem sua produtividade reduzida.
Os prejuízos e transtornos deixados pelos incêndios foram incontáveis, principalmente para produtores de cana, usinas e pequenos agricultores, além da suspensão de aulas e riscos para moradores e animais. Levantamento da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) apontou que as queimadas deste ano destruíram mais de 658 mil hectares de vegetações e plantações no estado de São Paulo, o que corresponde a 460 mil campos de futebol. De acordo com o engenheiro agrônomo e gerente de produtos da Mosaic, Bruno Benatti, a recuperação do solo, após a agressão das queimadas, necessita de nutrientes específicos, que não são facilmente encontrados em fertilizantes comuns.
“A palha ajuda qualquer cultura plantada no período de chuva, a soja principalmente. E, mesmo em períodos de veranico, como chamamos épocas de falta de chuva por cinco, dez, quinze dias, a planta sofreria menos com a falta de água, porque a palha sobre o solo iria mantê-lo mais úmido. Mas nessa situação, que abalou o solo tão profundamente, é importante utilizarmos produtos que possibilitem a recuperação do solo, como o gesso agrícola. Ele é um condicionador de solos insubstituível na agricultura, e vai contribuir para a recuperação do solo e de seus nutrientes após tamanha agressão. Em geral, os efeitos do gesso agrícola podem começar a ser observados em alguns meses após a aplicação”, explica Bruno Benatti.
Segundo Benatti, o gesso promove um aprofundamento da raiz, consequentemente aumenta a eficiência no uso de água presente no solo, em razão da melhor distribuição e exploração do sistema radicular. “O gesso agrícola reduz a presença de elementos tóxicos, especialmente o alumínio, fornecendo os nutrientes cálcio e enxofre para um excelente ativador das raízes das plantas em profundidade e volume. O resultado é a maior absorção de água e de outros nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento das culturas, especialmente no período de inverno, quando há severa deficiência hídrica. O produtor que aplica esse tipo de gesso nas culturas observa significativamente o aumento da produtividade agrícola e pecuária, otimizando a utilização da terra”, destaca o gerente da Mosaic.
O gesso agrícola é um produto oriundo dos processos de produção de fertilizantes fosfatados solúveis de alta concentração, como TSP (Superfosfato Triplo), MAP (Monoamônio Fosfato) e DAP (Diamônio Fosfato). A Mosaic, com a missão de ajudar o mundo a produzir os alimentos de que precisa e apoiar o agricultor e pecuarista na sua jornada produtiva em busca de altas produtividades, tem sua própria produção de gesso agrícola nas unidades de Uberaba (MG) e Cajati (SP). No ano de 2022, o gesso agrícola produzido pela companhia em Uberaba obteve a certificação pelo Instituto Biodinâmico (IBD) como insumo aprovado para uso em sistemas de produção orgânica no Brasil. Desde então, a Mosaic e seus distribuidores podem ofertar o produto a clientes no universo de orgânicos, no qual os produtores usam apenas matérias-primas certificadas.