Qual o papel dos fertilizantes na eficiência da adubação?
Bem provável que você já saiba que a adubação é o processo pelo qual aportamos nutrientes ao solo e às plantas. Esse procedimento se faz necessário tanto pela limitação de alguns nutrientes, que podem reduzir o potencial produtivo das culturas, quanto para a manutenção da fertilidade do solo, já que, com as colheitas, parte dos nutrientes absorvidos pelas plantas são retirados da área na forma de grãos e frutos.
Para que a adubação seja eficiente, ela deve atender a filosofia dos 4Cs: aplicar o nutriente Correto, na dose Correta, no local Correto e no momento Correto. Parece bastante lógico, simples e direto, certo? Se queremos saber como está a terra do ponto de vista químico, ou seja, qual ou quais nutrientes são limitantes, uma amostragem e análise de solo nos traz as respostas. Se precisamos definir quanto aplicar de cada nutriente, há diversos boletins regionais que, baseados na análise de solo, indicam a adubação e, mais recentemente surgiram plataformas digitais e aplicativos – como o Nutrição de Safras da Mosaic Fertilizantes – que ajudam nesse processo. E por fim, sabendo qual cultura vai ser adubada, fica mais fácil entender onde e quando aplicar os nutrientes. Então, realmente, parece ser bastante simples o processo para a adubação enquanto ainda se encontra orientação no papel ou na tela do seu celular ou computador.
O que acontece, entretanto, é que tudo aquilo que foi pensando e planejado vai precisar ser aplicado no campo. E é nesse momento que o processo começa a ficar mais complexo. Pode ser que, você tenha pensado que “adubo é tudo igual” e que a decisão de qual fertilizante aplicar é apenas uma questão econômica. No entanto, o entendimento das características físicas e químicas dos fertilizantes são pontos fundamentais para prever a eficiência de uso dos nutrientes. Especificidades como a forma química, a quantidade, a compatibilidade, o balanço entre nutrientes, a distribuição deles no produto e a granulometria são informações importantes para facilitar – ou dificultar – o manejo do fertilizante e aproveitamento pelas culturas.
Vamos ver o caso de um micronutriente como o Boro. Diferentemente de macronutrientes como o Nitrogênio, Fósforo e Potássio, que são aplicados em quilogramas por hectare, os micronutrientes são necessários em gramas por hectare. Uma forma usual de conseguir aplicar estas doses baixas ao solo, na cultura da soja, por exemplo, é misturando uma fonte de Boro a um outro fertilizante, como o Cloreto de Potássio (KCl), porque assim, o maior volume aplicado desta mistura facilitaria a distribuição. O problema desta solução é que a quantidade de Boro no volume total da mistura é muito pequena. Imagine uma tonelada deste produto na qual 950 kg são Cloreto de Potássio e apenas 50 kg são uma fonte de Boro. Mesmo sendo aplicada em maior volume, a quantidade de grânulos de Boro distribuída ao solo ainda é baixa. E ainda, agrega-se o fato de que, no transporte ou mesmo durante o abastecimento e aplicação, essa mistura pode segregar, ou seja, o boro pode não ficar de forma homogênea em todo o produto.
Esse é um dos casos em que o completo portfólio da Mosaic Fertilizantes pode contribuir com o incremento na eficiência de uso de nutrientes. O Aspire, por exemplo, surgiu para solucionar uma limitação no manejo do Boro, visto sua alta probabilidade de se perder no perfil do solo e não ser absorvido pelas plantas de forma adequada. Contendo Potássio e duas fontes de Boro, uma de liberação gradual e outra imediata, no mesmo granulo, Aspire é o único produto do mercado com disponibilidade ao longo do ciclo, suprindo a necessidade em todos os estágios de crescimento das plantas. O Aspire garante a distribuição uniforme do Boro no solo e permite aumento no pegamento e uniformidade da florada, enchimento e maior peso de grãos, estímulo da formação de raízes e nódulos e resultados que levam a lavouras mais homogêneas e sadias com incremento, de até 4,4 sacas de soja por hectare.
Flávio Bonini, gerente de Serviços Técnicos da Mosaic Fertilizantes